quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Escrever

Ele tomou uma decisão sem pensar e caiu
Gruta profunda e umida 
Um gigante dentro dele o prende
Ninguém pode ver

Ele saiu devagar e foi pro seu lugar secreto
Lá é aconchegante e bonito
Lá ele se sente livre
Livre

Músicas trocam de lugar
Paredes e portas se unem a favor da solidão dele
Então pensa em pintar um quadro com cores vivas
Campos, vales e bosques

A Ferramenta com asas de fibra optica toma seu tempo
Na sua geladeira acabou a saudade líquida
No universo ele espera
No seu quarto ele escreve

Escreve, escreve e escreve...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Saiu!

A noite cai e as estrelas me dizem que vai passar
Sinto um aperto forte que rasga minha carne, mas não divide em duas
Se dividisse em duas, eu teria outra metade
Mas não tenho

Durante anos o deficiente coração buscou abrigo
Brigou sozinho contra a própria solidão
Gritou, sussurrou por uma aprovação
Alguém que lhe desse a mão

Deitado na rede e balançando em ritmo de brisa
Buscando respostas em leituras partidas
Sentindo a saudade envolver
Esperanças falsas de futuros dias

A contratação da alegria exalta a tristeza
A alegria verdadeira liberta a rebeldia
A revolução interna dissipa a melancolia
Com a vitória serena vejo nascer o Dia