22:40 - 30/11/10 - Terça

Hoje resolvi escrever algo inspirador. deu nisso...


Seus olhos são cândidos e brilhosos... velam em sono ameno minh'alma que nasceu para ver seu sorriso tímido...
As estrelas guardam o meu segredo e dei seu nome a uma delas, para sempre...
Prometo guardá-la solenemente em meu coração todos os dias.
Ao romper da aurora lembrarei do seu aspecto doce e de como ajeita seu cabelo atrás da orelha, tão bela que me doi o coração...
Gosto de como você apóia o rosto na mão, quisera eu ser uma luva para estar entre sua mão e seu rosto, mas não sou... Deus me deu graça de ser apenas poeta, para descrever sua candura, nasci para admirar-te e desejar-te... sempre...

Os Versos Que Te Fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem para te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim para te oferecer

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas,meu Amor,eu não tos digo ainda.
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz

Amo-te tanto!E nunca te beijei...
E nesse beijo,Amor,que eu não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!


(Florbela Espanca)

20:25 - 29/11/10 - Segunda

Pois é, mais um dia se passou... hoje eu fui comprar uma pulseira de couro e a corda do violão.. não tinha a pulseira, ai eu comprei a corda gianini de nylon, um afinador e 3 dvds...
Andei pra burro, comi um pastel de queijo super bom e um caldo de cana de 500ml... (depois eu reclamo tá vendo)...
Recebi a visita do meu amigo André, que trouxe o Alexandre, a gente ficou conversando sobre estampas de camisa evangélica e me pediram pra fazer uns desenhos estilosos pra estampa... farei!

Jaíne

Hoje conversei com a Jaíne, poxa ela é muito, mas muito bacana mesmo...
bom, é isso!

Até.

22:40 - 28/11/10 - Domingo

Meu dia hoje foi bem produtivo, acabei de chegar da igreja, levei o Leonardo (irmão do Eduardo) na igreja, mas você não conhece então...
Ele gostou muito da igreja, da palavra e tudo mais... hoje eu vi algumas pessoas novas lá...
Bem, antes do culto eu fiz o trabalho de faculdade da minha amiga Cássia, foi uma peça do Ministério da Saúde sobre doação de sangue... ela me disse que eu não podia usar a cor vermelha porque espantava as pessoas.
Não faço a mínima idéia de quanto foi o jogo do Fluminense... Cheguei da igreja com a barriga roncando e quando abri a porta da geladeira esperava os bichos da família dinossauro gritando: me coma, me coma!
mas ela estava vazia... maldito Bob!
Você está lendo o relato de um cara que não tem o que comer, talvez eu peça alguma porcaria...
Bom, agora vou indo ver se tem pão na chapa com café com leite, mas admito que não tenho muitas ambições de achar...
Fique com o trabalho que fiz pra Cássia...   ( se vc clicar fica grandão )

Folheto - Capa e Verso

Folheto - Interior

23:12 - 26/11/10 - Sexta

Acabei de chegar em casa... bom, depois de entregar os dvds eu sentei na praça, numa mesa de pedra com jogo de dama na sua face.. tava lá na minha pensando aí me surgem 2 caras com cabelo rabo-de-cavalo.
Eu pensei: Pronto!
- Oi cara, podemos sentar aqui? disse um deles.
- Pode sim! respondi desanimado... ( quem me conhece sabe pq )

aí eles sentaram e começaram a fumar e beber mate... que droga..
Falavam coisas sem graça, falavam de sair e beber e de mulheres rockeiras...
Aí chegou um terceiro lobo da alcatéia, um cara até legal, veio falando de sua frustração sentimental...
bom, depois disso eu levantei e saí dali, tava me torrando a paciência...

queria preservar a boa saúde dos meus tímpanos, eu doaria um rim para eles pararem de falar...

19:34 - 26/11/10 - Sexta

Hoje eu não vou entregar os dois filmes que eu aluguei "Julie & Julia" e "Segurança Nacional", a chuva veio do nada e po, não quero enfrentá-la porque sou feito de açúcar. Agora tenho que pagar multa.
O RJ tá um caos, toda hora vem notícias falando de tiros, complexo do alemão e caras correndo...

Hoje to afim de desabafar, falar do meu dia, nada de versos e poemas...
Bom, pra falar a verdade meu dia não vai mudar a história do mundo, mas eu quero falar dele...

ihh a chuva parou...

até mais

“Não tenho certeza de nada, 

mas a visão das estrelas 

me faz sonhar.” 

(Van Gogh)

São

as coisas são assim
quando você quer, eu não quero
quando eu quero, pra ti, já perdi o encanto

a minha alegria caiu ainda quente
na palma da sua mão
a sua canção já não é

tudo em mim anda bem lentamente
tudo em você parece tão envolvente
quebro o vidro cortando o silêncio
isso tudo é loucura, brota de mim uma flor

saia daqui imediatamente
não tem nada aqui que te pertença
esses versos não são pra você
são pro meu conflito em progresso

Voar

"Sempre me dizem que quanto maior é o sonho, 
maior é o tombo, mas sempre esquecem de me
perguntar se eu tenho medo de cair ou se sei voar."

Livre

O dia surgiu com neblinas alvas como a pomba, no céu notava-se um tom sem ânimo. O vento cortava com zunidos agudos as folhas de outono.

Este tempo inglório e abatido fazia Helena apreciar sua lembrança de infância, tão distante, mas tão presente em seu coração, forte, quente, verde e laranja. Helena estava agora nos salões festivos e decorados com cores vivas e papéis cortados, música e dança a fazia planar em meio a deslumbres e vestidos amenos. Seus pés rodavam no ar e seu sorriso desprendido de julgamentos iluminava o salão repleto de sensações de amor.

Nem se lhe dava de ver que os menos felizes se levantavam de seus bancos e a admiravam pelo seu carisma e energia confiante, seu espírito era livre.

Onde está essa liberdade agora Helena? questionava-se, seus anos infantis haviam se passado e agora sua janela tremulava por conta do vendo de outono. 

Desceu a escadaria de madeira com detalhe barroco, dobrou num só lance o corredor, abriu a porta e correu para a rua, seu vestido branco dançava com o vento. A liberdade a visitou.

Helena finalmente entendeu a frase de Fernando Pessoa...

"Quer pouco: terás tudo. Quer nada: serás livre."

Galera

galera na igreja!!!!!

Paralelos Nunca se Encontram!

O que é essa coisa que brota como o sol na alvorada ? É qualquer coisa que não tem propósito, nem rima, que chega aqui dentro de uma forma tão feroz que me tira do lugar. Não tem cor, nem melodia, nem aroma, nem sabor e nem nada. Me tira o sono, me mete medo, me descarrega o ânimo, fragrância tal que me faz mergulhar em mil segredos. Seu sorriso me dobra em dois, três, quatro, cinco... seu olhar é um desassossego, seu carisma me deixa fascinado, meu ego perde o emprego. Como, pois, sairei desse oceano de vontades tão urgentes? Como direi a ela sobre como fico sem fala quando seus passos estão ancorando os meus pelas ruas... como direi a ela que apreciar seu cheiro é como estar a um palmo do paraíso e a dois dedos da perdição...
Ela foi criada para me fazer imergir num mundo à parte, fazendo-me de servo num paralelo de sensações reais e irreais, escravo das suas vontades. Meus olhos ficam fixos nela sem recompensa alguma, dona da minha atenção... naquele modo meigo de falar, naquela transitividade transbordante e borbulhante de química e sintonia, que, para ela, nos torna apenas bons...

Para Você, Diego...

Intimidade com Deus é não fazer aquilo que o desagrada. É crer que o Espírito de Deus se alegra com nossos atos, da mesma maneira que também se entristece...
Não existe melhor lugar que na presença do Senhor...
Jesus tem me honrado muito... e o ministério que Ele tem para minha vida, sua vida.... é muito grande...
Vilma

Filmes que me Formaram

Forrest Gump - Jenny: Você teve medo no Vietnã?- Forrest: Sim, ...bom, eu não sei. As vezes parava de chover, o bastante para as estrelas aparecerem, e aí era bonito. Era como quando o sol vai dormir no horizonte, tinha mais de 1 milhão de faíscas na água, como no lago da montanha, era tão claro Jenny, que parecia ter dois céus, um em cima do outro. E aí no deserto, quando o sol nasce, eu não sabia onde acabava o céu e começava a terra, era tão lindo.

- Jenny: Queria ter estado lá com você.

- Forrest: E estava.

Homens de Honra - Por que você quer tanto isso? - Porque disseram que eu não iria conseguir
Coração Valente - Todo homem morre, mas nem todo homem vive.
Batman Begins - Não é o que eu sou, mas o que eu faço que me define.
Um amor pra Recordar - O amor é como o vento, não posso ver, mas posso sentir.
Tristão e Isolda - Porque temos sentimentos, se não podemos vivê-los? Porque desejamos coisas, se não foram feitas para nós?
Alice no País das Maravilhas - Às vezes eu acredito em seis coisas impossíveis antes de tomar café.
O Carteiro e o Poeta - A poesia não pertence ao poeta, mas aos que precisam dela.
500 dias com Ela - A melhor maneira de esquecer uma mulher, é transformá-la em literatura.
Uma Carta de Amor - Ela: - Agora eu vou voltar para a minha casa, e você vai me esquecer. Ele: - Sim, todos os dias.
Karatê Kid -  Me diga... Por que você precisa tanto fazer isso?
- Porque que ainda estou com medo. E se eu pudesse sair daqui, esta noite...e não ficar mais com medo?

Caminho Pelos Vales

Eu escuto os pássaros de manhã. Eu observo a mudança das flores. Recebo a opinião da minha lembrança. Guardo no bolso pedras pra lançar, mas viro as costas quando percebo que não existe um lago por perto. Comunico-me com as estrelas e desenho na areia alguma coisa qualquer. Tento escutar o som do mar nas conchas. Caminho pelos vales e bosques em busca do que já não é. Fico sozinho nas festas e penso no que é maior que eu. Saio pela rua, mas não existe rua. Tento descobrir os segredos da paz, mas quando existe paz não existe segredo. Não tem nome o que explode em trilhões de cores quando vejo nascer o sol. Não tem nome.

Vou Ficar Aqui

Eu vou ficar aqui Perto de Você
Pois não há lugar melhor
Para me esconder 
Só aqui eu posso ouvir
O Seu doce som
Que ecoa pelo universo
E atinge o meu coração 
Jesus, Jesus, Jesus
Você veio a mim
E me tocou
E em liberdade
Eu aprendi a amar 
Nos caminhos da pureza
Nos caminhos de beleza
Descobri onde te encontrar
Descobri onde te encontrar
Jesus, Jesus, Jesus 
Ando pra trás quando não te vejo
Não existem palavras
Pra descrever, eu amo Você
Eu amo Você

Lucas Souza

Vazio

Sinto uma vontade que não tem nome. Sinto um vazio que preenche um espaço. Sinto uma angústia que me angustia até a alma. 
Não sei que nome dar para toda essa coisa que vem de dentro. Será ansiedade? será saudade? será, deixa eu ver... será vontade? não sei. 

=)

uhuhuhu

O fim para Hugo

- Carolina, aconteceu alguma coisa? perguntou Hugo.

- O que?

- Te fiz alguma coisa?

- Não, respondeu Carolina. Só to um pouco estressada.

- Por que?

- Porque sim, Hugo.

- Tá legal, olha Carol eu to aqui se quiser conversar, mas caso não queira conversar eu também estou aqui, na verdade eu to aqui de qualquer forma, você querendo conversar ou não. Olha, aproveita porque são raros os homens que gostam de conversar, a propósito... sua bipolaridade me assusta.

- Sabe, Hugo, você sabe me estressar direitinho, você tem um dom, como você consegue ser tão idiota. Hugo sorriu.

- Devo ser irritante mesmo, mas não to te irritando de propósito, isso é mais forte que eu. Acho que você tá de tpm e fica ranzinza, cheia de não-me-toque.

- E você tentado me irritar mais ainda.

- Carolina, acho que vou sair por aquela porta hoje, pra você não querer se afastar de mim amanhã.Um dia você vai se cansar de namorar comigo e ai você vai sumir, não quero isso.

- É isso que é irritante em você Hugo, você é muito carente, é inseguro, gosta de invadir a privacidade dos outros, e falar de umas coisas nada a ver.

- É mesmo? respondeu Hugo com ironia. Você tá ficando boa em rotular as pessoas Carol, você me rotulou direitinho. Eu sou uma pessoa com alguns amigos, mas me sinto sozinho e estou sozinho a maior parte do tempo, e na procura de ter com quem conversar eu acabo querendo agradar as pessoas para elas não irem embora. Não sei medir muito bem isso.

- Não mesmo, respondeu Carolina, você começa a falar, e fala sua autobiografia e isso irrita.

- Mas Carol, você tem que preencher os espaços pra não sobrar espaço pra eu falar, você é a mulher aqui, cumpra seu papel, fale. Porque se você não falar, eu falo.

Carol respondeu prontamente: - Fale coisas interessantes então!

- O que interessa você Carol?

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah sei lááááa

- Viu como você não me ajuda?

- Hugo, se você me conhecesse mesmo eu não precisaria falar.

- Como vou saber o que é legal pra falar amor?

- Sendo legal Hugo Rodolfo!

- Eu sou legal amor, mas irrito porque o que eu falo não te atrai, você não da a mínima pra cinema, nem Marvel, nem DC comics, nem futuro, nem trabalho.

- NÃO DOU? Carolina gritou.Realmente você não me conhece... e não quero ficar conversando disso agora. Hugo você é muito criança, grande desse jeito e gosta de desenho, fala serio.

Hugo respondeu: - Nossa, que legal, agora que você me iluminou. Sairei daqui totalmente convencido que eventualmente num piscar de olhos virei criança por gostar de desenho. Vou mudar. A partir de agora terei conversas mais interessantes sobre marketing de rede e farei as pessoas me amarem. Carolina, você merece o prêmio "caça talentos" e agora, saiba que esse foi mais um capítulo do aclamado seriado : coisas-idiotas-que-o-hugo-tem-que-escutar-sobre-si-mesmo, que foi?

- Adeus Hugo!

Assim terminou o namoro de Hugo Rodolfo.

Virando a Esquina

O Rio de Janeiro acabara de acordar e Rui Andrade estava prestes a dormir como uma pedra. A noite passada fora muito cansativa e angustiante. Logo que despediu-se de Rebecca, Rui tomou por trajeto a Rua dos Alfaiates. Os amigos não podiam acreditar que Rui estava encontrando-se justamente com a mulher mais bonita do bairro. Desenganados e surpresos, alguns deles inundados de imensa curiosidade passaram a recorrer secretamente o hábito das suposições. Não podiam imaginar o motivo de uma mulher tão bonita trocar ilustres olhares seguidos de sorrisos tímidos com Rui, já que este era falto de juízo e sua aparência não era agradável à vista.


- Isso é contra as regras, Rui não serve para Rebecca! diziam os principais do alvoroço. Ah! se nós tivéssemos o apoio das moscas que escutam suas conversas...


E, acontecendo esta reunião na esquina da Rua dos Alfaiates, surgiu Rui no bar. Todos suspenderam suas vozes e escolheram o cochicho pelo infortúnio de Rui estar presente no recinto.


continua...                                          

Palavra

Se você me perguntasse como acontece, eu ficaria mudo. Escrever é um ato de entrega, é sentir uma força interna de sentimentos que me impulsiona e obriga a liberar palavras e letras. Eu conversei um dia com meu coração e ele me disse: Se você que me ajudar de alguma forma, escreve. Não sei bem o lugar onde achei a inspiração, mas ela estava bruta dentro de mim, gritando para ser palavra. Pode ser que essas coisas loucas e inconsequentes dos meus vinte e poucos anos se tornem um livro, mas eu vivo e sinto sabores e sensações gostosas ao passar palavras carregadas de verdade. Escrever é como espremer a alma até sair um caldo grosso de estrelas brilhantes faiscando paixão.


Quando eu era pequeno imaginava um mundo cheio de algodão doce, arco-íris, grama, sorvete, palhaços, fantasia, magia, amor, amigos. Assim que me tornei adulto, percebi que as pessoas acabam perdendo a pureza, se preocupando mais em ter do que ser. Eu queria muito falar sobre como ganhar muito dinheiro, carro, futebol, mulher e me tornar um cara legal e razoável. Não consegui, escolhi ser.


Não consigo arrumar muito bem os sentimentos dentro de mim, cada um tem o seu lugar, mas não se comportam nem se suportam, sentimentos são vaidosos, so pensam em si, não sabem sentar em fileira e não sabem se organizar, complicam tudo, gritam, desobedecem, atravessam a rua quando você pede pra ficar perto de você, zombam, cada sentimento quer ser melhor que o outro, brigam, se odeiam, um pisa na cara do outro, tentam puxar o que tá subindo, empurram, esmagam, se unem apenas uma vez, para virarem palavra.

Frio

Fabiana tinha acabado de passar o café, estava um pouco tarde e as nuvens anunciavam chuva. Escolheu algo pra ler enquanto assoprava a fumaça na sua xícara de porcelana francesa. Na janela a chuva já caía inclinada e leve, tocando o vidro frio. Nada de interessante podia capturar da sua leitura, estava enfadonha, chata e desinteressante.
Lembrou-se de seus anos de ouro ao lado de Gustavo.
- Hahaha! Pára Gustavo!!
- Amor, eu sei que você sente cócegas no joelho, mas você tem que tentar segurar um pouco.
- Mas eu não consigo!!! hahaha páaaara!
Sinos da igreja a fazem voltar para o mundo real, ela não queria voltar, queria ficar ali pra sempre recordando  o passado. Decidiu sair um pouco, mesmo com toda aquela chuva. Foi no armário e pegou seu cachecol grená, sua jaqueta preta e seu guarda-chuva. Mas não arrumou muito o cabelo, tinha caráter de urgência para pegar um pouco de ar fresco e saiu.
- Amor, me promete que ficaremos juntos para sempre?
- Prometo.
- Promete nunca me magoar? ...   Promete?
A avenida estava toda congestionada, os carros parados, tudo parecia ter luz, cheiro e vida. Gotas rasgando o asfalto preto, escorrendo nos pára-brisas, placas vermelhas de pare, transito, pessoas, lojas e em meio a tantos encontros e desencontros lá estava Fabiana em busca de algo que a fizesse sentir rasgar em seu peito o amor, como uma luz amarela e quente que a fizesse esquecer toda aquela confusão consciente e saudade inconsciente.
- Querida, acorda! O café tá na mesa, tem suco de laranja também tá ?
- Que horas são amor?
Olhando seu reflexo numa poça gelada, Fabiana caminha perdida.
Pluft!
- Fabiana?
- Carol?
- Oii, quanto tempo, nossa você tá bem? Que saudade!!!
- Vem, vou te apresentar meu namorado, ele está ali dentro daquele bar, to louca pra botar o papo em dia com você.
- Ai, eu eu não sei...
- Vem! Pára de ser boba Fabi..
- Nossa, que lugar aconchegante ne? Aqui tá bem quente...
- Fabiana, esse é o Gustavo!

Investir em ações

Existe um monte de gente falando sobre o amor. Hipócritas. Não é que eu não acredite no amor, mas penso que é algo muito valioso para se deitar fora com cantadas idiotas e mentiras mal contadas. Eu causei isso tudo. Menti, enganei, defraudei, anulei, cansei. Como sou podre. Diante disso tudo, decidi sair do meu doce deleite de palavras vazias pra me dedicar a ser o que nunca fui: Real.
Não quero me preocupar com dinheiro, quero ser real, andar com pessoas que não negociam o amor e não desprezam sua identidade.
Queria poder contar as estrelas, pisar na grama, fazer um cadeirante quebrar o recorde mundial de salto com vara, cortar a energia elétrica da bolsa de valores, quebrar o gelo com desconhecidos, não sei, mas quero ser o que já nunca fui.
Ser absoluto não presta pra nada, so para se sentir melhor. Não quero mais ser o melhor, não preciso disso.
Se eu puder mudar a vida se uma pessoa pra melhor através do amor, já valeu a pena nascer.

Ohh my God

sim, sou eu.

Qual será o nome dela?

Diante dos olhos do poeta surgiu algo que se pode chamar de inspiração. Uma fonte de iluminação desde a ponta da caneta até o papel nulo. Cores, formas, sabores e cogitações a respeito daquilo que enfeitiçou seu coração, fazendo este escrever absurdos gloriosos e inquietantes sobre ela.
Escrever e numerar qualidades (talvez inexistentes na verdade) que são reflexo do que o poeta fantasiou ao ver seu rosto macio, milhões de gotas de energia fazem emergir criatividade dele. A primavera interior que surge na sua vibração desesperada, louca, apaixonante toma conta de todos os seus átomos. Arrepiante, curioso e idiota.
Ela apenas caminha pela calçada, que desfile de luzes ele vê.  No ato de descrever suas formas ele mergulha em infinita vontade e limitada execução. Medroso, fraco, apaixonado.
Qual será o nome dela? 
Ela deixou cair da sua mão um lenço de papel, o poeta cheirou e cogitou tomar pra si, para sempre lembrar dela, mas não conseguiu carregar e devolveu.
—Moça, eu não posso ficar com seu lenço, disse o poeta.
—Conservar comigo algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te. 

Acabou Hugo!

—Então é isso? disse Hugo Rodolfo.
Carolina empalideceu. Hugo amava muito Carolina, e, desde os dez anos de idade, nunca estiveram separados um só dia. Hugo parecia não acreditar no que acabara de ouvir.
 — Isso mesmo Hugo, eu não posso continuar com você, temos que nos separar, vai ser melhor assim.
Conheci uma pess.....
— Chega!, Hugo interrompeu Carolina com uma voz trêmula.
 Disse isso, e calou-se, para pensar em algo. Hugo não conseguia pensar em nada, ficou mudo, virou as costas e foi embora.
Naquele tempo, Tijuca era mais calma e não tinha tanto assalto. Mas tinha pra Hugo. Desolado e triste ele caminhava chutando coisas invisíveis e foi aí que surgiu um assaltante.
— Mãos ao alto camarada, e levou todo o dinheiro de Hugo Rodolfo.
Hudo refletiu ainda um instante e disse:
—Suponho que o universo está conspirando contra mim, o meu fim está próximo. Como isso acabou de acontecer? devo demarcar com cuidado nesse momento os limites exatos da razão e da loucura. Não acredito que acabei de perder a mulher da minha vida e o dinheiro do onibus.
Foi pra casa caminhando e disse a si mesmo: Acabou Hugo! nunca mais mulher nenhuma vai entrar no seu coração.

Hugo Rodolfo

Não dá pra acreditar! Mais uma vez Hugo Rodolfo se meteu em confusão. Depois que Carolina foi embora Hugo disse pra todos que não adiantava mais insistir. Seu coração estava fechado pra balanço.
Sem mais delongas o fato é que Hugo cuspiu pra cima. O problema é que Fátima está de caso com Felipe e isso é um problema pro nosso camarada Hugo.
Cheio de insegurança em relação a Fátima que faz lembrar Carolina, Hugo se vê em meio a questionamentos insuportáveis a respeito desse tal de Felipe. Afinal de contas quem esse cara pensa que é?
Felipe é "o amor" na visão de Fátima e uma "farpa" na visão de Hugo.
Hugo amou muito Carolina, mas hoje ama Fátima, que ama Felipe, que é odiado por Hugo, que é amado por Rita, que acabou de entrar na história.
Essa questão não tem um desfecho fenomenal e nem frases de efeito. É apenas um argumento interessante pras pessoas que gostam de falar de pessoas.
Vou preparar um café com leite com pão na chapa.
Aloha!

Não pode ser

Logo após sua grande fuga ele se refugiou em pensamentos
Saiu da sua habiltação física e visitou mais uma vez suas lembranças
Coisa estranha esse tal de coração aprontou com o seu dono
Mas nessa altura do campeonato seu dono já não era mais

Vastas campinas amarelas e frescas com cheiro de terra e frutas macias
Visitava tudo de bonito dentro de si
Cada cor, cada sensação, cada perfume e aroma
O cheiro do cabelo dela quebrava suas pernas

Cogitou estar morto, pois ao ver o rosto dela em sua mente
Questiounou-se se estava vendo um anjo em sua sala
Então em meio a devaneios e absurdos ele despertou
Ligou a tv para voltar à realidade
Boa noite, está começando o Jornal Nacional