quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Paralelos Nunca se Encontram!

O que é essa coisa que brota como o sol na alvorada ? É qualquer coisa que não tem propósito, nem rima, que chega aqui dentro de uma forma tão feroz que me tira do lugar. Não tem cor, nem melodia, nem aroma, nem sabor e nem nada. Me tira o sono, me mete medo, me descarrega o ânimo, fragrância tal que me faz mergulhar em mil segredos. Seu sorriso me dobra em dois, três, quatro, cinco... seu olhar é um desassossego, seu carisma me deixa fascinado, meu ego perde o emprego. Como, pois, sairei desse oceano de vontades tão urgentes? Como direi a ela sobre como fico sem fala quando seus passos estão ancorando os meus pelas ruas... como direi a ela que apreciar seu cheiro é como estar a um palmo do paraíso e a dois dedos da perdição...
Ela foi criada para me fazer imergir num mundo à parte, fazendo-me de servo num paralelo de sensações reais e irreais, escravo das suas vontades. Meus olhos ficam fixos nela sem recompensa alguma, dona da minha atenção... naquele modo meigo de falar, naquela transitividade transbordante e borbulhante de química e sintonia, que, para ela, nos torna apenas bons...

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